O Despertar da Autoestima : O Valor de Quem Eu Sou
Na pequena cidade de Mirandópolis, vivia uma jovem chamada Sofia. Desde criança, ela era conhecida por sua timidez e insegurança. Sofia sempre se comparava aos outros e achava que nunca seria boa o suficiente. Na escola, apesar de ser uma aluna dedicada e talentosa, ela evitava qualquer tipo de destaque. Seu medo de falhar era tão grande que ela preferia se esconder nas sombras, evitando apresentações em público e participações em competições.
Sofia tinha um grande amor pela pintura. Quando estava sozinha em seu quarto, ela podia expressar suas emoções e criar mundos coloridos e vibrantes. No entanto, ninguém além de sua mãe conhecia seu talento. Sua mãe, Dona Marta, sempre encorajava Sofia a mostrar suas pinturas ao mundo, mas a jovem insistia que suas obras não eram boas o bastante.
Um dia, a escola de Sofia anunciou um concurso de arte para estudantes. O tema era “A Beleza da Natureza” e o vencedor teria sua obra exposta no museu local. Dona Marta viu essa como uma oportunidade perfeita para Sofia finalmente mostrar seu talento e se inscreveu em seu nome sem que ela soubesse.
Quando Sofia descobriu que estava inscrita, entrou em pânico. “Mãe, por que você fez isso? Eu nunca vou ganhar! Todo mundo vai rir de mim!” choramingou.
“Querida, você é uma artista incrível. Você precisa acreditar em si mesma. Às vezes, precisamos de um empurrão para descobrir nosso verdadeiro potencial,” respondeu Dona Marta com um sorriso encorajador.
Com a data do concurso se aproximando, Sofia passou noites sem dormir, pintando e refazendo sua obra. Ela queria desistir inúmeras vezes, mas cada vez que pensava em sua mãe e em suas palavras de apoio, encontrava forças para continuar. Finalmente, ela terminou sua pintura: uma paisagem deslumbrante com uma cachoeira cristalina cercada por flores de todas as cores.
No dia do concurso, Sofia estava tremendo de nervosismo. Ela viu os trabalhos dos outros alunos e ficou ainda mais desanimada. “O que estou fazendo aqui? Minha pintura não é nada comparada a essas,” pensou.
No entanto, Dona Marta estava ao seu lado, segurando sua mão. “Confie em você mesma, Sofia. Sua arte é linda porque vem do seu coração,” disse.
Quando chegou a hora do anúncio dos vencedores, Sofia estava com o coração na boca. Em terceiro lugar, chamaram um aluno do oitavo ano. Em segundo lugar, uma garota do nono ano. E então, o primeiro lugar foi anunciado: “E a vencedora do concurso de arte é… Sofia Mendes!”
Sofia não podia acreditar no que estava ouvindo. Sentiu um misto de choque e alegria enquanto caminhava até o palco para receber seu prêmio. As palmas e os sorrisos de seus colegas fizeram seu coração se encher de felicidade. Pela primeira vez, sentiu que talvez fosse boa o suficiente.
A notícia da vitória de Sofia se espalhou rapidamente pela cidade. O museu local organizou uma exposição especial para mostrar a obra vencedora, e Sofia foi convidada a fazer parte da inauguração. Este evento marcou um ponto de virada em sua vida. As palavras de encorajamento que recebeu, juntamente com a alegria de ver sua pintura sendo admirada, começaram a fortalecer sua autoestima.
Com o tempo, Sofia começou a participar de mais concursos e exposições. Cada sucesso, não importa quão pequeno, aumentava sua confiança. Ela aprendeu a aceitar elogios e a se orgulhar de suas realizações. Mais importante ainda, aprendeu a lidar com críticas construtivas, usando-as para melhorar e crescer como artista.
Durante o último ano do ensino médio, Sofia foi convidada a fazer uma apresentação sobre sua jornada como artista para inspirar outros alunos. Nervosa, mas determinada, ela aceitou o desafio. Enquanto falava sobre suas inseguranças e superações, percebeu que sua história tocava muitos corações. Depois da apresentação, vários estudantes a procuraram para dizer o quanto se sentiam inspirados por sua coragem e resiliência.
Ao terminar o ensino médio, Sofia recebeu uma bolsa de estudos para uma prestigiada escola de artes em outra cidade. No dia da sua partida, ela se lembrou de todas as lições que aprendeu e das pessoas que a apoiaram ao longo do caminho, especialmente sua mãe.
“Sofia, estou tão orgulhosa de você. Você não só descobriu seu talento, mas também aprendeu a acreditar em si mesma,” disse Dona Marta com lágrimas nos olhos.
“Obrigada, mãe. Não teria conseguido sem você,” respondeu Sofia, abraçando-a forte.
Na nova cidade, Sofia continuou a crescer como artista e como pessoa. Com cada novo desafio, ela lembrava-se das palavras de sua mãe e do caminho que percorreu para chegar até ali. Ela sabia que, independentemente das dificuldades que enfrentasse, tinha a capacidade de superá-las, pois agora acreditava em seu próprio valor.
Moral da história
A moral da história é que a autoconfiança e a autoestima são conquistas pessoais que vêm do reconhecimento e da valorização de nossos próprios talentos e esforços. Com determinação e apoio, qualquer um pode aprender a acreditar em si mesmo e alcançar seu verdadeiro potencial.
Filosofia da Autoestima
Vários filósofos contemporâneos têm se debruçado sobre o tema da autoestima, explorando como ela se relaciona com a identidade, a ética e o bem-estar pessoal. Aqui estão algumas obras e seus autores:
- Charles Taylor – “The Ethics of Authenticity” (As Éticas da Autenticidade)
- Taylor explora a ideia de autenticidade no mundo moderno, argumentando que a busca por uma vida autêntica é crucial para a autoestima. Ele discute como as sociedades contemporâneas podem promover ou dificultar essa busca, e como a autenticidade está ligada ao reconhecimento e à autoestima individual.
- Jean-Paul Sartre – “Existentialism is a Humanism” (O Existencialismo é um Humanismo)
- Embora Sartre seja mais conhecido por seu trabalho sobre existencialismo, ele também toca no conceito de autoestima ao discutir a importância de assumir responsabilidade por nossas próprias ações e criar nosso próprio significado na vida. Para Sartre, a autoestima vem da aceitação de nossa liberdade e responsabilidade.
- Carl Rogers – “On Becoming a Person” (Tornando-se Pessoa)
- Rogers, um psicólogo humanista, explorou profundamente a ideia de autoestima em suas teorias sobre o desenvolvimento humano. Ele argumenta que a autoestima é fundamental para o crescimento pessoal e que ela é cultivada através de experiências de aceitação e empatia incondicional.
- Nathaniel Branden – “The Six Pillars of Self-Esteem” (Os Seis Pilares da Autoestima)
- Branden é um dos principais autores a focar especificamente na autoestima. Ele identifica seis práticas essenciais para cultivar a autoestima, incluindo viver conscientemente, autoaceitação, autorresponsabilidade, assertividade, propósito e integridade pessoal.
- Kristin Neff – “Self-Compassion: The Proven Power of Being Kind to Yourself” (Autocompaixão: A Comprovada Força de Ser Gentil com Você Mesmo)
- Neff argumenta que a autocompaixão é uma parte fundamental da autoestima. Ela discute como ser gentil consigo mesmo, especialmente em momentos de fracasso, pode fortalecer a autoestima e levar a uma vida mais equilibrada e satisfatória.
Essas obras oferecem uma variedade de perspectivas sobre como a autoestima pode ser entendida e cultivada, refletindo a complexidade e a importância do tema na filosofia e na psicologia contemporânea.
Obras Notáveis de Frida Kahlo sobre Autoestima
- “Autorretrato com Colar de Espinhos e Beija-flor” (1940)
- Este autorretrato mostra Kahlo com um colar de espinhos que perfura sua pele, simbolizando sua dor física e emocional. No entanto, a imagem também reflete sua resiliência e força interior, uma forma de afirmar sua identidade e autoestima apesar das adversidades.
- “As Duas Fridas” (1939)
- Nesta obra, Kahlo se retrata como duas figuras sentadas lado a lado, conectadas por um coração exposto. A pintura explora sua luta interna e seu processo de autoaceitação, mostrando a dualidade de sua personalidade e sua busca por autoestima.
- “Autorretrato com Cabelo Cortado” (1940)
- Após sua separação de Diego Rivera, Kahlo pintou-se com cabelo curto e vestindo roupas masculinas, desafiando os papéis de gênero tradicionais e expressando sua independência. Esta obra reflete sua autoestima e determinação em definir sua própria identidade.
- “A Coluna Partida” (1944)
- Este autorretrato mostra Kahlo com uma coluna vertebral quebrada e o corpo cheio de pregos, representando sua dor crônica. Apesar disso, ela se retrata com uma expressão determinada, simbolizando sua coragem e autoestima diante das dificuldades.
Impacto e Polêmica
Frida Kahlo desafiou as normas de sua época ao abordar temas íntimos e pessoais em sua arte, tornando-se uma figura emblemática do movimento feminista e um símbolo de resiliência e autoaceitação. Sua capacidade de transformar sua dor em arte inspiradora continua a ressoar com muitas pessoas, promovendo a discussão sobre a importância da autoestima e da identidade pessoal.
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